Caros ATMeenses,
“O vinho, a mais gentil das bebidas, devido quer a Noé, que plantou a vinha, quer a Baco, que espremeu o sumo de uva, data da infância do mundo.”
Brillart-Savarin
[...]Os cristãos, baseados no Antigo Testamento, acreditam que foi Noé quem plantou a vinha e com ele produziu o primeiro vinho do mundo. Os gregos e os romanos tinham os seus deuses do vinho: Dioniso e Baco. O Cristianismo adoptou também a bebida, para simbolizar o sangue de Jesus Cristo. O vinho adquiriu, assim, um simbolismo enorme, sendo considerado como o “sangue de Cristo”.
Na Idade Média, a Igreja Católica desempenhou o papel mais importante do renascimento, desenvolvimento e aprimoramento das vinhas e do vinho. Assim, nos séculos que se seguiram, a Igreja tornou-se proprietária de extensas vinhas nos mosteiros das principais ordens religiosas da Europa. Os mosteiros eram recantos de paz, onde o vinho era produzido para o sacramento da eucaristia e para o próprio sustento dos monges.
Por volta do ano de 1.300, surge o primeiro livro impresso sobre o vinho: “Liber de Vinis”, escrito por Arnaldus de Villanova, médico e professor da Universidade de Montpellier. Trata-se de uma visão médica do vinho, onde se descrevem as propriedades curativas dos vinhos aromatizados em diversas doenças. Entre eles: o vinho aromatizado com arlequim, que permite "restabelecer o apetite e as energias, exaltar a alma, embelezar a face, promover o crescimento dos cabelos, limpar os dentes e manter a pessoa jovem".
Também os gregos já acreditavam nesse poder do vinho. Hipócrates fez várias observações sobre as propriedades medicinais do vinho, que são citadas em textos da história da medicina.
Com o aprimoramento das receitas, surgiram outros vinhos além do tinto, como os brancos, os rosés e os espumantes. E, em finais do séc. XV, com a colonização, a videira é levada para o continente americano.
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Saudações dionisíacas e ATMeenses*