sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Em tempos de vindima...

Caros ATMeenses,

«O grande ritual do vinho começa em Setembro. (...) Que azáfama vai na vinha! Um carro de bois, com uma grande dorna em cima, está parado a meio, guardado pelo moço com seu cajado ferrado. Filas de rapazes e raparigas vêm de todos os lados, com os cestos vindimos ao ombro, descarregar as uvas.
Na vinha - o azul dos cachos a contrastar com o verde das folhas - homens e mulheres vindimam vergados. Há cestos de uvas por toda a parte, no chão, pequenos para mais facilmente serem transportados. No terreiro, em volta da adega, procede-se ao último preparo do vasilhame: uma fileira de pipas já está pronta, o tanoeiro dá o derradeiro aperto nos aros de uma outra, enquanto dentro dos balseiros homens de pernas nuas vão pisando a uva e debaixo do telheiro também o grande lagar de peso e fuso geme espremendo os cachos. Escorre o sumo em sangue da bica de pedra para o cântaro colocado numa vasilha de aduelas e logo substituído por outro mal se enche. Tenho ainda nos sentidos o gosto e o cheiro do vinho novo...»
(Fernando Campos, A casa do pó.)


Estão todos convidados para a vindima do Presidente, no dia 10 de Outubro às 8h00, em Souropires, naturalmente.

Saudações ATMeenses!

5 comentários:

Mohammed Saeed Al Sahaf disse...

Lá estarei presente para repetir o certame do ano passado. Garanto-vos que será inesquecível. Tragam luvas que entre nós existem talhantes.
Atá Sábado 10 de Outubro.

Saudações ATMeenses

Davidoff disse...

Não poderei estar presente, mas poderei depois ajudar a beber o vinho!! Boa vindima e cuidade para não talharem os dedos!!

Antero Almeida disse...

Então e a que horas é o almoço?;)
Não poderei comparecer, lamentavelmente!
Cumprimentos ATMeenses

Augusto disse...

Vai ser uma espécie de aquecimento e preparação para a vindima da vinha que o ATM ainda há-de ter...
Em tempo de campanha, relembro que esta já foi uma promessa do nosso Grande Presidente!

Saudações ATMeenses

Anónimo disse...

dioniso da existencia resurgida,
senhor da vinha e da hera.
permite a mim a liberdade das almas
que dançaram sua musica.

tu que privas o homem da tola razao,
sorri-me com os dentes rubros de vinho
e deixa-me através do deleite dos mortais
trampular as barreiras que sao meu corpo.

ó embriagado deus da montanha
dá-me o contato com o sacro universo,
e com o extase, a comunhao contigo
que nos permite o goso magnifico

beija-me o rosto com a barba umida de vinho
e sê generoso, ó irresistivel senhor da algazarra,
para que meu regresso a Mãe
seja finalmente o fim da minha tragedia humana.