«O grande ritual do vinho começa em Setembro. (...) Que azáfama vai na vinha! Um carro de bois, com uma grande dorna em cima, está parado a meio, guardado pelo moço com seu cajado ferrado. Filas de rapazes e raparigas vêm de todos os lados, com os cestos vindimos ao ombro, descarregar as uvas. Na vinha - o azul dos cachos a contrastar com o verde das folhas - homens e mulheres vindimam vergados. Há cestos de uvas por toda a parte, no chão, pequenos para mais facilmente serem transportados. No terreiro, em volta da adega, procede-se ao último preparo do vasilhame: uma fileira de pipas já está pronta, o tanoeiro dá o derradeiro aperto nos aros de uma outra, enquanto dentro dos balseiros homens de pernas nuas vão pisando a uva e debaixo do telheiro também o grande lagar de peso e fuso geme espremendo os cachos. Escorre o sumo em sangue da bica de pedra para o cântaro colocado numa vasilha de aduelas e logo substituído por outro mal se enche. Tenho ainda nos sentidos o gosto e o cheiro do vinho novo...»
(Fernando Campos, A casa do pó.)
Estão todos convidados para a vindima do Presidente, no dia 10 de Outubro às 8h00, em Souropires, naturalmente.
Saudações ATMeenses!
5 comentários:
Lá estarei presente para repetir o certame do ano passado. Garanto-vos que será inesquecível. Tragam luvas que entre nós existem talhantes.
Atá Sábado 10 de Outubro.
Saudações ATMeenses
Não poderei estar presente, mas poderei depois ajudar a beber o vinho!! Boa vindima e cuidade para não talharem os dedos!!
Então e a que horas é o almoço?;)
Não poderei comparecer, lamentavelmente!
Cumprimentos ATMeenses
Vai ser uma espécie de aquecimento e preparação para a vindima da vinha que o ATM ainda há-de ter...
Em tempo de campanha, relembro que esta já foi uma promessa do nosso Grande Presidente!
Saudações ATMeenses
dioniso da existencia resurgida,
senhor da vinha e da hera.
permite a mim a liberdade das almas
que dançaram sua musica.
tu que privas o homem da tola razao,
sorri-me com os dentes rubros de vinho
e deixa-me através do deleite dos mortais
trampular as barreiras que sao meu corpo.
ó embriagado deus da montanha
dá-me o contato com o sacro universo,
e com o extase, a comunhao contigo
que nos permite o goso magnifico
beija-me o rosto com a barba umida de vinho
e sê generoso, ó irresistivel senhor da algazarra,
para que meu regresso a Mãe
seja finalmente o fim da minha tragedia humana.
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