“O vinho, a mais gentil das bebidas, devido quer a Noé, que plantou a vinha, quer a Baco, que espremeu o sumo de uva, data da infância do mundo.”
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O cultivo da videira expandiu-se e começou a ser também praticado por outra grande civilização - Civilização Romana -, que mais tarde se transformou no Império Romano. Todavia, os etruscos que habitavam a região norte da península itálica já produziam vinho e comercializavam-no. Mas não se sabe ao certo donde trouxeram as videiras. Estas seriam ou das suas terras de origem (provavelmente Ásia Menor ou Fenícia) ou então seriam mesmo videiras da Itália, onde já as havia desde a pré-história.
Os romanos levavam o vinho quase como uma “demarcação de território”, uma forma de impor os seus costumes e a sua cultura nas áreas que conquistavam. Dessa forma, o vinho tornou-se na bebida dos legionários, dos gladiadores e das tabernas. Através dos romanos, as vinhas chegaram à Grã-Bretanha, à Germânia e, por fim, à Gália, mais tarde, França – o lar do vinho.
Na época preferia-se o vinho doce. Os romanos colhiam as uvas o mais tarde possível, ou então colhiam-nas ainda verdes e deixavam-nas ao sol para secar e concentrar o açúcar. O processo romano de envelhecimento era semelhante ao que temos hoje, contrariamente aos gregos, que armazenavam a bebida
Ao lado do Império, o vinho atingiu o apogeu nos séculos I e II, mas no momento do declínio do império, o vinho já não fazia parte de Roma, era maior e assumira vida própria, passando todas as fronteiras.
De qualquer modo, depois da queda de Roma a produção do vinho sofreu um grande retrocesso. Deixou de ser envelhecido em barris de madeira, de maneira que o seu consumo tinha que ser imediato, perdendo-se a fineza dos vinhos antigos. A vinicultura somente voltaria a ser beneficiada com o surgimento de um grande poder religioso: a Igreja Católica.
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Saudações dionisíacas e ATMeenses*