“O vinho, a mais gentil das bebidas, devido quer a Noé, que plantou a vinha, quer a Baco, que espremeu o sumo de uva, data da infância do mundo.”
Brillart-Savarin
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A partir de 2500 a.C., os vinhos egípcios foram exportados para a Europa mediterrânica, África Central e reinos asiáticos.
Em 2000 a.C., o vinho chega à Grécia, onde será cultivado ao longo da costa do Mediterrâneo, tornando-se cultural e economicamente vital para o desenvolvimento grego. Deste modo, a sua produção e o seu culto difundiram-se, podendo ser apreciado por todas as classes. Dioniso, deus do vinho, assume grande importância entre a cultura dos gregos.
A partir de 1000 a.C., os gregos começam a plantar videiras em outras regiões europeias. A bebida expande-se e embriaga a Itália, a Sicília, e depois a nossa Península Ibérica.
Outras fontes consultadas documentam, embora envoltas em muitas dúvidas, que a vinha terá sido cultivada pela primeira vez em terras da Península Ibérica (vale do Tejo e Sado), cerca de 2000 anos a.C., pelos Tartessos, dos mais antigos habitantes desta Península. Estes habitantes estabeleciam negociações comerciais com outros povos, permutando diversos produtos, entre os quais o vinho, que veio a servir, provavelmente, de moeda de troca no comércio de metais.
De qualquer forma, no século VII a.C., os Gregos instalaram-se na Península Ibérica e desenvolveram a viticultura, dando uma particular atenção à arte de fazer vinho. Na necrópole de Alcácer do Sal foi encontrada uma "cratera" grega de sino, vaso onde os Gregos diluíam o vinho com água antes de o consumirem.
Na Ilíada, Homero fala do vinho, descrevendo a sua colheita durante o Outono. Cita, além disso, a ilha de Lemnos, no mar Egeu, como a fornecedora do vinho para as tropas que sitiavam Tróia, cujo vinho era proveniente da Frígia. Homero também descreve os vinhos gregos ao narrar as viagens de Ulisses na Odisseia. Entre eles está o vinho do sacerdote Maro: vinho tinto, com doçura de mel e tão forte que tinha de ser misturado com água. Quando Ulisses foi aprisionado na costa da Sicília, pelo ciclope Polifemo, ofereceu-lhe o vinho de Maro como digestivo. Como o ciclope estava habituado ao vinho fraco da Sicília, caiu num sono profundo, o que permitiu a Ulisses escapar-se.
Pensa-se, assim, que os gregos adicionavam água do mar, ervas e mel à bebida para disfarçar o seu sabor.
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Saudações dionisíacas e ATMeenses*
5 comentários:
Abençoados Tartessos e Obrigado Gregos.
Eu ainda quero saber se isso é mesmo tudo verdade!É que essa ilha de lemnos parece ter qualuqer coisa a ver com Lemos, apelido bem conhecido para os lados do carvalhal!;)
Mais um obrigado à Ariadne "Lemnos" por nova lição de história...
Saudações ATMeenses
Por acaso o apelido Lemos é mais conhecido para os lados do Manigoto e da Malta.
Abraço do Mohammed "Lemnos"
Saudações ATMeenses
Ninguém me tira da cabeça que o vinha apareceu algures na sourtopires...e como ninguém nesta zona sabia escrever, nem os historiadores vinham cá...
Adorava provar o vinho com mel:D
Saudações ao vinho er a todos os apreciadores
estes gregos p�!! desconfio q no europeu tenham utilisado tacticas semelhantes para adormecer as nossas defesas e levar a ta�a!
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